18 Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido. Veja; vamos nos deter nos detalhes destas palavras; “até que”; repete-se duas vezes na mesma frase, Jesus estava dizendo para os Judeus, que havia um período de tempo e que este tempo, não poderia ser mudado, nem por Ele mesmo, quando Ele diz “céus e terra passem”; Ele identifica o movimento giratório da terra, em concordância com dia e noite (tempo); mas na segunda repetição, Ele/Jesus identifica: que tempo? O tempo! Quando Ele diz: “...até que Tudo seja cumprido...”;(até que período de tempo) e a pergunta que nós faríamos ao texto seria tudo cumprido o que? Você poderá compreender quando da passagem de “A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia” (Lc 24.44-46); Este tempo dado nesta frase citada, identifica o que Ele fala no versículo anterior quando diz: “lei ou os profetas”; então o período de tempo aqui dado por Ele; Jesus seria que; Ele não poderia mover ou mexer com a Lei até que as profecias, que o envolviam se cumprissem, e estas variavam do tempo de Moisés até os profetas, e estas teriam de ser cumpridas, ou seja; [referências dessas profecias encontram-se no final desta explicação;], portanto é por isso que, Ele até chama atenção para que ninguém mude o que está escrito, pois algumas profecias das 38(existentes), no período citado pelo próprio Jesus ainda não teriam se cumprido; e volto a explicar, que na exegese bíblica temos que retirar cultura e dogmas judaicos, do meio do entendimento indutivo, pois as culturas e dogmas judaicos pertencem a Israel não convertido; e não deduzir nada, mas ler e entender como escrito está, alguns líderes hoje; inclusive costumam dizer que Jesus simplificou o decálogo dado aos JUDEUS; mas como Judeu que Jesus era, na pessoa humana/divina, Ele teria que cumprir a sua própria Lei, até que tudo estivesse cumprido. Somente Ele Jesus(Deus), depois de cumprir todas profecias messiânicas, dadas no período de tempo estipulado por ele, poderia modificar, ou mesmo anular a lei imposta por Deus/Pai, e ou refazê-la, mas será que Ele desfez alguma das Lei imposta aos Judeus? Ou apenas complementou? Enquanto não se cumprissem estas profecias abaixo; Jesus não modificaria nada para o novo corpo de Cristo (Novo Corpo de Cristo/Judeus e estrangeiros convertidos cf. I Co 12.12-14).
19 Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Conseguimos entender aqui nestes dois versículos 19 e 20; por estas palavras que os judeus não poderiam violar os mandamentos agora aqui descritos, até que tudo fosse cumprido, entendamos tudo cumprido o que? As profecias do Nascimento, Vida, Morte e Ressurreição de Jesus o Cristo; portanto neste período, nem Jesus nem qualquer Judeu sendo sacerdote ou não poderia ensinar, nem pra mais, nem pra menos.
20 Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus. (Tradução N.V.I. – Nova Versão Internacional – 20 - Pois eu afirmo a vocês que só entrarão no Reino do Céu se forem mais fieis em fazer a vontade de Deus do que os mestres da Lei e os fariseus.) Olha que exigência condicional tremenda de Jesus, aos seus ouvintes judeus não fossem tão obedientes, tão quanto a Palavra de Deus exige, ele afirma categoricamente que: “... de modo nenhum entrareis no Reino do céu.” Portanto a posição condicional do Judeu até que tudo se cumpra, é ser, extremamente obediente as suas ordens e exigências Bíblicas. (motivo pelo qual os fariseus e escribas testavam a todo tempo Jesus, por suas próprias Palavras).
DECÁLOGO E DEMAIS CONDIÇÕES, EM SEU SENTIDO COMPLETO DADO POR JESUS/DEUS PARA OS JUDEUS.
21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e, Quem matar será réu de juízo. Jesus começa agora e nós prestemos muita atenção nas palavras Dele, pois ele começa a especificar as ordens dadas a Moisés e ao povo judeu e como Ele/Deus, queria que tivesse sido entendido pela nação Israelita, complementando, vejam; aqui neste versículo ele avalia a antiga posição de Deus e notifica aos judeus o seu complemento, como autoridade capacitada; o próprio Deus; isto se chama “canonização” do próprio Deus, aos livros de Moisés e profetas. (Só para seu melhor entendimento, Jesus veio para resgatar a princípio somente seus escolhidos os Judeus, cf. Mt 10.5,6/23.36-39, Jesus não pregava para os gentios, Ele ensinava seus discípulos; 12 Judeus)
A SEMENTE DO HOMICÍDIO; O ÓDIO.
22 Eu, porém, vos digo que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e quem disser a seu irmão: Raca, será réu diante do sinédrio; e quem lhe disser: Tolo será réu do fogo do inferno. (Tradução N.V.I. – Nova Versão Internacional – Mas eu lhes digo que qualquer um que ficar com raiva de seu irmão será julgado. Quem disser a seus irmão: “Você não vale nada” será julgado pelo tribunal e quem chamar seu irmão de idiota estará em perigo de ir ao fogo do inferno.) A determinação de Jesus está no início do versículo, “Eu, porém, vos digo”; como poderemos ver, nos demais, Jesus não muda a Lei, mas; complementa a antiga Lei como a explica no seu fundamento, para que não haja mais erros por parte dos Judeus; Jesus explica que o erro não está no último grau que é matar, mas sim no princípio do pensamento, ou motivo pelo qual o homem chega ao homicídio, a IRA, e ele usa de palavras simples para explicar que eles não deveriam iniciar qualquer que seja o motivo da discussão, que muitas vezes começa por uma simples palavra; raca (idiota ou cabeça vazia), pois terá que provar diante de um júri (sinédrio), tolo é humilhação ou humilhar o próximo, portanto Jesus mostrava o princípio do ódio, entre os seres humanos, entre os Judeus, que começava em uma simples discussão e com isto provocar o mais grave a morte, e Ele colocava a sua explicação com simplicidade para que não houvesse mais “dúvidas”;entre os Judeus.
23 Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta. 25 Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele; para que não aconteça que o adversário te entregue ao guarda, e sejas lançado na prisão. 26 Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil. Jesus como sempre elucidando dúvidas, Ele diz aqui nestes quatro versículos, que não recebe ofertas sejam elas quais forem, de homens desobedientes e que estes correm o risco do inferno, por conta de uma coisa tão importante para Deus o perdão, mas aparentemente injusto para os homens; concluindo com estes versículos, seu complemento da ira, mas os seres humanos ainda não conseguem entender quão bonito é o perdão. (Lembra-se de você? Quando ainda era um pecador? Jesus foi lá te perdoar estando você arrependido, e mais, o magoado era Ele Jesus! Mesmo assim Ele nos perdoou; agora imagine de onde você saiu? E o imenso amor que Deus teve por ti para perdoá-lo no ato de seu arrependimento, e no reconhecimento de que Ele Jesus era seu Senhor e Salvador.) e com isso Ele nos dá o maior exemplo de perdão, e muitas vezes não queremos perdoar o irmão só porque ele passou e não disse bom dia! E, este é o mais simples dos momentos, que muitos não levam a sério; imagine então uma discussão acirrada o que não provocaria? Porquanto o complemento do Rei Jesus é importantíssimo. Cf. Jo 3.16
27 Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Veja como Jesus complementa cada ponto do Decálogo, nas partes onde não havia um suposto esclarecimento, com o cuidado de lembrá-los de seus atos, que não são vistos por olhos humanos, mas serão vistos pela Onisciência de Deus;
28 Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. Precisa explicação? Mas vamos lá! Quando Jesus diz: EU, PORÉM VOS DIGO! Ele está dizendo assim, complementando, de agora por diante a minha ordem é esta, cumpra-se! Ele informa que o erro não está só em ser pego na prática do adultério, mas; Ele quer que os Judeus entendam que a partir do momento que surgir o desejo dentro de suas mentes, seja homem ou mulher, eles; diante da Onisciência Dele, já o feriram, já estavam errados (pecado = Gr. Αμαρτία = Amartía = refere-se a erro ou errar o alvo);
29 Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. As simbologias materiais começam quando ele fala dos costumes humanos de desejar um homem ou uma mulher, através do olhar, pois com os olhos se vêem, e através da visão muitas vezes vem o desejo; coloco muitas vezes por que! Se observa a beleza humana, mas sem a malícia do desejo; que também é difícil de separar, beleza e desejo;
30 E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que vá todo o teu corpo para o inferno. Ainda vemos aqui, complemento do assunto adultério, processos libidinosos, como masturbação vem por meio do desejo, e Jesus como Deus conhece este processo entre os seres humanos pecaminosos, desde o princípio, após pecado, pois este ato não é coisa nova, não, naquela época, e até antes de sua vinda corpórea, já haviam homens e mulheres que praticavam sozinhos estes erros que começavam no olhar, passavam a ser desejo e por último quando não tinham êxito material com a pessoa com a qual sonhavam, se utilizavam deste meio ilícito; e vejam que Ele sempre deixa de dar valor a qualquer parte do corpo material, (...é melhor que se perca um dos teus membros ) para dar valor ao que esta dentro dele; o Espírito ou corpo espiritual. (SOPRO DE VIDA)
ADULTÉRIO PROVOCA DIVÓRCIO.
31 Também foi dito: Quem repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Aqui Jesus entra num ponto reconhecidamente inaceitável por muitos dos Judeus, pois foram eles próprios, os Judeus; que exigiram de Moisés para que este criasse a Lei do divórcio. cf. Dt 24. 1 Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, se ela não achar graça aos seus olhos, por haver ele encontrado nela coisa vergonhosa, far-lhe-á uma carta de divórcio e lha dará na mão, e a despedirá de sua casa. Mt 19. 7 Responderam-lhe: Então por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?8 Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos corações Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio. 9 Eu vos digo porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, e casar com outra, comete adultério; [e o que casar com a repudiada também comete adultério.].
32 Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera; e quem casar com a repudiada, comete adultério. Só existem segundo as ordens do Mestre duas maneiras de haver separação, entre os Judeus; a infidelidade e a morte, fora disto tanto homem como mulher encontram-se em adultério se o fizerem, Ele sabia que nenhum dos de seu povo mantém um espírito em humildade, por isso; não existe perdão, não existe desculpa, não existe mais amor; só existe visão de uma nova tentativa de união para tentar conseguir a suposta paz, ou suposto novo sabor de carne no sexo. O VERDADEIRO AMOR É ESTE: (I Co 13.4-7) - O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, 5 não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; 6 não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
33 Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus juramentos. 34 Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; 35 nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; 36 nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um só cabelo branco ou preto. 37 Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do Maligno. Estes cinco versículos resumem-se no último, os Judeus não precisavam mais de juramentos para provar sua idoneidade moral, seja em casa, ou no trabalho, ou em qualquer que seja o lugar ou nação, sendo ele verdadeiro em seu SIM; mesmo que depois ele leve prejuízo, tem que ser SIM, e o seu NÃO nos mesmos termos; tem que ser NÂO; Deus preza muito pelo que se concorda ou discorda, portanto isso os alertava a prestar atenção, nos negócios que fechavam diante dos homens, pois Deu;s o Deus de Jacó, que é o seu Senhor estará vendo e aprovando ou não seus atos, portanto Deus/Jesus está mandando que estes fossem HONESTOS; pois, Ele se agrada de HONESTIDADE, HOMBRIDADE; e é lógico Jesus fecha com chave de ouro sua observação quanto ao casamento, entre eles identificando ai a sua escolha quanto ao seu cônjuge, ou seja; todos os prejuízos ou lucros estavam no principio das suas escolhas, se SIM, SIM! e se NÃO, NÃO!
JESUS ENSINA, SOBRE A QUESTÃO DA VINGANÇA; OU NÃO.
38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Este é um complemento de um estatuto dado a Moisés, para o povo judeu, logo após o decálogo. (usado ainda hoje pelos, Árabes)
39 Eu, porém, vos digo que não resistais ao homem mau; mas a qualquer que te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; 40 e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; 41 e, se qualquer te obrigar a caminhar mil passos, vai com ele dois mil. 42 Dá a quem te pedir, e não voltes as costas ao que quiser que lhe emprestes. Jesus aqui, mostra que os Judeus permaneciam sem serem pobres de espírito, pois só assim estes teriam reconhecido a necessidade uns dos outros, sem brigas, discussões, pelejas, intrigas, guerras, e provoca um sentimento de irmandade, modificação de pensamento sobre como reagiam às afrontas diárias, com humildade e mansidão, e ainda os ensinava como deveriam entender as necessidades humanas, no que tange ao método de empréstimo das coisas ou mesmo financeiro, e não negarem ajuda a quem dela necessita.
43 Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Ainda dentro dos estatutos entregues a Moisés, em meio à entrega do decálogo.44 Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; 45 para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. 46 Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo? 47 E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? Não fazem os gentios também o mesmo? 48 Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial. Diante de uma cultura totalmente rígida à época Jesus; diante de anos de abuso diante da humanidade por parte dos Judeus, pois suas leis como acima especificado, v.43; Ele agora coloca os seus escolhidos numa situação de entendimento da paz e igualdade entre todos sendo eles bons ou maus, ele mostra que Deus nunca olhou com indiferença para humanidade. Cf. Jo 3.16; pois ainda não conseguiam enxergar depois de tantos séculos de “ensinamento por parte dos patriarcas e profetas”; que todos eram irmãos por parte de Adão e Eva, teriam o mesmo DNA dos primeiros pais da humanidade;dos quais eles eram descendentes; e além disso todos teriam o sopro de vida dado pelo criador.
